Além de ajudar a difundir o conceito de brazilian beauty, feira, que reunirá cerca de 500 expositores e 200 mil visitantes, mapeia o skin care, a personalização de produtos e a sustentabilidade como as principais tendências do segmento
Com mais de R$ 800 milhões em negócios gerados na edição do ano passado, a Beauty Fair, feira internacional de beleza profissional, inicia sua edição 2023 com a projeção de reunir mais de 200 mil visitantes.
Além disso, a proposta do evento é incrementar em 13% o total de negócios gerados da indústria, que tem sido resiliente mesmo diante de cenários de incertezas econômicas.
“Estamos vivenciando um momento de recuperação do segmento, sobretudo em relação aos varejos e salões de beleza, que sofreram bastante na pandemia. Como se trata de um setor que depende mais de renda do que de crédito, entendemos que esse é um momento de retomada e de boas perspectivas para os negócios”, analisa César Tsukuda, diretor-geral da Beauty Fair.
Quarto maior mercado de beleza do mundo, o Brasil é o segundo maior produtor global na categoria. Esse fator coloca o território nacional em condição especial para as empresas de cosméticos e beleza.
De acordo com pesquisa realizada pela própria Beauty Fair, 94% de todos os produtos de beleza consumidos no Brasil também são produzidos localmente. Isso engloba, de acordo com Tsukuda, tanto as empresas nacionais quanto as multinações que já contam com polos de produção em solo brasileiro.
“O Brasil tem uma dinâmica muito interessante que é a própria diversidade de cabelos, peles e de estilos das pessoas. Muitas das multinacionais já têm seu polo de inovação aqui no Brasil, o que demonstra a força da indústria local”, frisa o diretor-geral.
Beauty Fair 2023 e a valorização do Brazilian Beauty
A 18ª edição da Beauty Fair começa neste sábado, 9, e vai até o próximo dia 12, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Mais de 500 expositores aproveitarão a ocasião para divulgar seus lançamentos e novidades ao público de profissionais da beleza.
Uma das bandeiras que a feira pretende ajudar a levantar, de forma geral, é a popularização do conceito de Brazilian Beauty. Esse é o nome do movimento que visa propagar o estilo e características peculiares da beleza brasileira, inclusive para mercados internacionais.
“Da mesma forma que a Coreia do Sul acabou popularizando o k-beauty, entendemos que a brasilidade na indústria dos cosméticos tem muita força para ser promovida. Isso acontece tanto por conta da qualidade dos produtos locais, com o desenvolvimento das marcas, como pela diversidade da população que acaba impulsionando as inovações”, pontua o executivo.
Beauty Fair e tendências do mercado
De modo geral, cada marca aproveite a Beauty Fair para promover seus portfólios de produtos e serviços de acordo com suas estratégias de negócios. Ainda assim, o diretor-geral do evento aponta três tendências que devem se sobressair na edição deste ano da feira. São elas:
Crescimento do skin care
Por anos o Brasil se destacou, internacionalmente, pela forte produção de produtos para cabelos. Nos últimos tempos, no entanto, as marcas vêm direcionando as atenções para a criação de itens de cuidados com a pele, algo que vem sendo cada vez mais incorporado na rotina dos consumidores. “Vivemos a democratização do skincare, um fenômeno que já vem movimentando a indústria há algum tempo e tem ajudado a alavancar o mercado de beleza”, comenta o diretor-geral do evento.
Customização e personalização
Outro movimento que os visitantes da Beauty Fair devem notar é uma atenção maior das marcas em atender os consumidores de forma personalizadas, com produtos mais específicos para determinados tipos de pele e cabelos, por exemplo. Na visão de Tsukuda, é crescente a preocupação das marcas em atender diferentes nichos de públicos.
Sustentabilidade
O terceiro tópico apontado como tendência para o segmento da beleza é a sustentabilidade, refletida na criação de produtos naturais e orgânicos, bem como na preocupação com as embalagens e reaproveitamento de resíduos.
Fonte: M&M
