A transformação digital é acompanhada de conceitos e termos que, muitas vezes, acabam tendo suas aplicações e significados confundidos. Afinal, você sabe qual é a diferença entre Inteligência Artificial, Machine Learning e Deep Learning? Os três são muito importantes para o futuro da sua empresa, mas também, bastante diferentes.
Com tantos avanços na tecnologia e mudanças em nossa sociedade, é muito comum fazer confusões sobre os muitos conceitos e suas aplicabilidades, não é mesmo? Quer um exemplo? Apesar de a Inteligência Artificial ser muito usada em filmes de ficção científica e ser um termo conhecido, será que você sabe exatamente o que ela oferece? Já parou para pensar nas diferenças entre Inteligência Artificial, Machine Learning e Deep Learning?
São muitos conceitos, certo? Mas você não precisa se desesperar: cada um deles tem um objetivo e uma proposta para implementação. Para não deixar você confuso, preparamos um artigo em que vamos explicar cada um dos termos e as suas aplicabilidades no dia a dia de uma empresa. Vamos falar sobre os seguintes temas:
- O que é Inteligência Artificial e como funciona?
- Como funciona o Machine Learning?
- O que é o Deep Learning e onde ele se aplica?
- Quais as principais diferenças entre Inteligência Artificial, Machine Learning e Deep Learning?
O que é Inteligência Artificial e como funciona?
A Inteligência Artificial é o desenvolvimento de sistemas e máquinas que são capazes de pensar e agir por conta própria, sem a necessidade de participação direta do humano. Trata tanto de operações mais simples, como a extração de dados em uma planilha, quanto de processos mais complexos, como automatização de maquinário.
É uma tecnologia que permite que uma máquina não apenas realize tarefas, mas possa interagir com o que está ao seu redor. O conceito surgiu ainda na década de 1950, e sempre foi um assunto que atraiu curiosidade da sociedade em geral, especialmente, com a presença do termo em filmes de ficção científica.
Mas o que parecia distante, hoje, se tornou realidade em diferentes empresas e segmentos. Processos são agilizados, decisões são mais precisas e todo o ambiente de trabalho é beneficiado.
Um sistema comum pode analisar dados e apontar erros, enquanto a Inteligência Artificial permite a interpretação de cenários e situações, apresentando, por exemplo, uma tentativa de fraude em um e-commerce. Em resumo, é uma forma de simular o funcionamento do cérebro humano em máquinas e sistemas, interpretando informações e dados para utilizá-los no dia a dia de trabalho.
Como ela pode ser aplicada?
Quais são as possíveis aplicações da Inteligência Artificial em seu plano de Marketing ou em outras áreas da sua empresa? Confira algumas dicas!
Análise preditiva
O uso de dados é fundamental para o sucesso de qualquer empresa atualmente, não é mesmo? Uma das formas mais eficientes de se fazer isso é a partir da análise preditiva.
A partir do estudo de dados e métricas, é possível definir uma tendência. Uma loja, por exemplo, consegue avaliar melhor o seu estoque com o uso da Inteligência Artificial, evitando que um item se esgote ou que fique se acumulando.
Conversação automatizada
Outro aspecto com que a Inteligência Artificial contribui é o atendimento aos consumidores. Em vez de ter uma equipe para fazer um contato mais básico com o usuário, o chatbot consegue responder dúvidas mais simples ou mesmo direcionar a conversa para um atendente especialista em determinado tópico. A ideia é otimizar as etapas para oferecer uma experiência mais fluída de atendimento ao cliente.
Monitoramento de desempenho
Gestores também podem aproveitar os benefícios da Inteligência Artificial quando se trata de produtividade. Um sistema pode ajudar a identificar quem está com um desempenho positivo e quem precisa melhorar.
Os detalhes podem ser muito úteis, por exemplo, durante o trabalho remoto, em que não é tão simples acompanhar de perto o rendimento de cada profissional da sua equipe.
Assistente pessoal
A Inteligência Artificial também tem ganhado espaço como assistente pessoal. Um exemplo é a Alexa, da Amazon, que consegue identificar os comandos de voz do usuário e, assim, realizar determinadas tarefas.
A Siri, da Apple, é outro exemplo de aplicação. Em uma rotina corrida, a função pode ajudar a lembrar de compromissos, tirar dúvidas ou, até mesmo, enviar um e-mail.
Como funciona o Machine Learning?
O Machine Learning é um processo fundamental para que a Inteligência Artificial funcione. Como a tradução indica, trata-se do aprendizado da máquina. É a capacidade de um robô ou sistema aprender com os dados e informações processados por ele.
Assim, sem que tenha a participação humana, é possível identificar padrões de comportamento e, até mesmo, tomar decisões inteligentes. Esse conceito é essencial para o processo de humanização da Inteligência Artificial.
Já conversou, alguma vez, com um chatbot e percebeu que ele tinha informações anteriores, por exemplo, sobre as suas compras naquele e-commerce? O Machine Learning, sem dúvidas, estava presente nesse sistema.
A máquina é capaz de aprender e, assim, evoluir, oferecendo uma experiência mais humanizada, aproximando-se do pensamento de um humano. Esse pensamento artificial, portanto, possibilita uma série de novas oportunidades e alternativas.
Uma empresa vai precisar de menos participação humana dentro de um processo, com o próprio sistema raciocinando e entendendo como tomar a melhor decisão, por exemplo. Pode ser usado tanto em um sistema de CRM de forma mais eficiente quanto para automatizar o maquinário de uma fábrica.
Como ele pode ser aplicado?
Um dos grandes benefícios do Machine Learning é a possibilidade de aplicar em diferentes áreas de uma empresa, independentemente do segmento ou tamanho. Confira as principais alternativas!
Chatbots humanizados
Quando utilizam o chat em um site, mais de 50% dos consumidores preferem ser atendidos por humanos, de acordo com uma pesquisa do Instituto Qualibest. Uma forma de superar esse problema é investir em Machine Learning, que pode compreender padrões no comportamento de cada usuário e, até mesmo, mudar o tom de voz ou as recomendações e procedimentos sugeridos.
Relatórios mais precisos
Uma das grandes vantagens da transformação digital é poder facilitar tarefas mais burocráticas, como a criação de relatórios e planilhas, não é mesmo? O Machine Learning pode ajudar, transformando informações e dados mais brutos em insights valiosos para a sua equipe.
Assim, profissionais de Marketing ou de Vendas podem ter detalhes mais precisos sobre como segmentar uma campanha ou fechar uma venda.
Sistema de recomendação
Outro ganho que o Machine Learning oferece é na oferta de recomendações. Um e-commerce, por exemplo, pode fazer campanhas segmentadas de acordo com o comportamento do usuário nas suas páginas.
Dessa forma, o consumidor recebe recomendações mais precisas sobre o que ele se interessa e tem mais chances de finalizar uma compra. Em tempos de concorrência acirrada, pode ser um diferencial competitivo relevante.
Conteúdos mais segmentados
O Machine Learning também pode ser útil para a sua estratégia de Inbound Marketing. Além de bons redatores, contar com insights valiosos sobre o que pode ser interessante para os seus leitores é muito importante.
A máquina consegue identificar assuntos e, até mesmo, formatos de conteúdo, como os interativos, que podem ser mais eficazes para um maior impacto no seu público-alvo.
O que é o Deep Learning e onde ele se aplica?
O Deep Learning é um processo ainda mais avançado de aprendizagem da máquina. Sua capacidade é tão elevada que ela pode atingir níveis de aprendizagem não supervisionada, ou seja, sem a participação humana em nenhum processo, para que se tome decisões. Tudo isso é possível a partir de um sistema que simula o funcionamento do cérebro humano em níveis altíssimos.
Trata-se, portanto, de uma evolução do Machine Learning, graças às suas camadas mais profundas de algoritmos. Com essa estrutura, a máquina se torna capaz de reconhecer objetos, entender comandos de voz, traduzir línguas e, até mesmo, tomar decisões. Não é preciso nem mesmo de supervisão humana para que ela continue aprendendo e se desenvolvendo.
O Deep Learning é a tecnologia mais eficiente quando se fala em Big Data, por exemplo. Afinal, não é tão simples ter que interpretar tantas informações, certo? Mas é fundamental, e essa pode ser a solução para extrair dados valiosos das mais diferentes fontes, como redes sociais, sistemas, buscadores, enfim, filtrar o que for mais relevante para aplicar no planejamento de uma empresa.
O motivo para uma capacidade tão elevada é o alto nível de redes neurais artificiais utilizadas, reproduzindo o cérebro humano de forma muito similar e permitindo uma abordagem não linear na hora de interpretar dados e informações, aproximando-se do pensamento humano.
Como ele pode ser aplicado?
Mas qual é a aplicabilidade do Deep Learning em uma empresa? Veremos alguma sugestões!
Detecção de fraudes
Como o sistema se torna capaz de identificar comportamentos, é possível descobrir se existe uma fraude em uma transação financeira ou, até mesmo, de autenticação para acessar um sistema. O Deep Leraning trabalha de forma não linear e, com isso, a tecnologia relaciona diferentes cenários e comportamentos para entender que determinada ação não é adequada e pode sinalizar um problema.
Automação não supervisionada
O Google e o Uber utilizam o Deep Learning para permitir que carros sejam controlados pela Inteligência Artificial. É um processo ainda em desenvolvimento, mas que já tem grandes avanços.
Tudo isso, graças à capacidade elevada de aprendizagem do sistema, que consegue reagir a situações comuns no trânsito. Sem nenhum tipo de supervisão, o carro pode levar um passageiro sem contratempos.
Reconhecimento facial
Sistemas de reconhecimento facial já são oferecidos por muitos smartphones, e um processo que parece simples está diretamente relacionado ao Deep Learning. A tecnologia consegue identificar mínimos detalhes para conseguir determinar e diferenciar expressões faciais, garantindo a maior segurança para os usuários.
Quais as principais diferenças entre Inteligência Artificial, Machine Learning e Deep Learning?
Agora que você já sabe mais sobre as características de Inteligência Artificial, Machine Learning e Deep Learning, fica mais fácil entender as diferenças entre elas, não é mesmo? Em resumo, as duas últimas tecnologias fazem parte do universo da primeira. São evoluções do processo, tornando um sistema ainda mais capacitado para tomar as suas decisões sem interferência humana.
A Inteligência Artificial, portanto, é uma etapa inicial do raciocínio artificial, em que uma máquina consegue tomar as suas próprias decisões, mas não é altamente capacitada. Machine e Deep Learning são avanços, ou seja, estágios ainda mais complexos em que os sistemas e máquinas têm uma autonomia maior, potencializando a capacidade de raciocínio e, consequentemente, da tomada de decisão.
Já entre Machine Learning e Deep Learning, a tradução é um bom indicador das suas diferenças. Em inglês, “deep” significa profundo, ou seja, é um aprendizado de máquina ainda mais complexo e avançado. A partir de uma camada de algoritmo, o sistema cria uma rede neural artificial, permitindo uma capacidade maior para que ele tome decisões próprias, sem a participação humana.
Em resumo, as três tecnologias se diferem em lógica e algoritmo, permitindo que tenham objetivos e aplicabilidades diferentes dentro de uma empresa. Mas elas se complementam, representando variados graus de capacidade. A utilização de cada uma delas varia de acordo com as demandas que precisam ser solucionadas.
Mais do que saber como cada uma dessas tecnologias funcionam, é fundamental entender como integrá-las para um desempenho ainda melhor dos seus planos e estratégias. Conhecendo os diferenciais de cada uma, é possível fazer um uso mais abrangente e completo dentro da sua organização, potencializando diferentes áreas e setores para alcançar melhores resultados.
Além das tecnologias utilizadas, é necessário contar com informações e dados relevantes para que os resultados apareçam. Afinal, você sabe qual é o impacto e como garantir a qualidade de dados na era da inteligência artificial?
Fonte: Rocktent