A Meta anunciou nesta terça-feira (7) uma decisão polêmica: a empresa vai acabar com o programa de verificação de fatos, ativo desde 2016. Segundo Mark Zuckerberg, fundador da companhia, as ferramentas de checagem acabaram prejudicando mais do que ajudando, enviesando opiniões e “destruindo a verdade”.
Em um vídeo publicado no Instagram, Zuckerberg defendeu a liberdade de expressão e apontou que a nova estratégia da Meta será baseada nas “Notas de Comunidade”, um recurso similar ao usado pela rede social X (antigo Twitter), de Elon Musk.
Fonte: Forbes
Críticas à censura internacional
Zuckerberg foi direto em suas críticas a governos ao redor do mundo, mencionando a América Latina, Europa e China como exemplos de lugares onde a censura estaria crescendo. Ele elogiou a proteção constitucional dos EUA à liberdade de expressão e afirmou que trabalhará ao lado de aliados, como Donald Trump, para resistir à pressão por mais controle nas redes.
“A Europa está institucionalizando a censura, a China bloqueia nossos aplicativos, e na América Latina, tribunais secretos exigem remoções silenciosas de conteúdo. Só podemos resistir com o apoio do governo dos EUA”, afirmou Zuckerberg.
Como será a nova moderação?
A Meta vai reduzir os filtros de moderação e focar apenas em violações graves e ilegais. Postagens consideradas de menor gravidade só serão analisadas após denúncias feitas pelos próprios usuários. No entanto, a decisão final de manter ou excluir conteúdos ainda será da empresa.
Joel Kaplan, vice-presidente de global affairs da Meta, explicou a mudança no blog oficial da companhia. Ele destacou que, com o tempo, o programa de checagem de fatos se tornou uma ferramenta de censura, especialmente quando rotulava debates políticos legítimos.
Impacto e próximos passos
A transição começará nos Estados Unidos e será ajustada nos próximos meses. Zuckerberg reforçou que o Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp querem ser espaços onde os usuários possam compartilhar suas crenças livremente, sem o medo de serem silenciados.
A decisão da Meta já está dividindo opiniões e promete gerar debates acalorados sobre liberdade de expressão e os limites da moderação nas redes sociais.