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Eurogarden: Futuro Sustentável, o inovador Bairro Impulsionado por um Investimento de 200 Milhões de Reais!

O projeto do Eurogarden, idealizado por Jefferson Nogaroli, será inaugurado nesta sexta-feira, 11, em Maringá, cidade do Paraná

A cidade de Maringá, no Paraná, está ganhando um novo bairro, o Eurogarden, um projeto audacioso com a promessa de ser o mais sustentável do mundo e para o qual já foram direcionados mais de 200 milhões de reais.

Inspirado em cidades europeias, o bairro vai comportar mais de 20.000 árvores, grandes alamedas, parques e ciclovias. O objetivo é criar um ambiente em que as pessoas se sintam à vontade para circular e transitar sem o uso de carros. 

A área está localizada em uma região central da cidade e que abrigará o novo centro cívico de Maringá. Órgãos como a Justiça do Trabalho, o Fórum Eleitoral e o Hospital da Criança já estão na região e novos devem chegar ao longo dos próximos anos. 

O bairro está sendo construído em um espaço bruto de 1,4 milhão de metros quadrados, terreno um pouco menor que o Parque Ibirapuera, em São Paulo, que acumula 1,6 milhão. Deste total, a Argus Empreendimentos Imobiliários e a Sisa Construções Civis, empresas do Grupo Nogaroli, são donas de 583.000 metros quadrados. O restante é propriedade da União, que cedeu para equipamentos públicos de diferentes esferas, federal, estadual e municipal.

“Nós já investimos mais de 200 milhões de reais em terreno, benfeitorias na área e sistema de tecnologia para implementar o modelo de cidade inteligente”, afirma Jefferson Nogaroli, CEO do Eurogarden Maringá. “Nós estamos chamando o modelo de one-stop-life, um lugar onde as pessoas podem morar em superquadras, caminhar até a escola, escritório, sem ter que gastar com carro”. 

Qual é a trajetória de empreendorismo de Jefferson Nogaroli

O projeto é um sonho antigo do empresário, presidente do conselho de administração do Grupo Nogaroli, uma holding composta por 12 empresas. O negócio mais estabelecido da família é a rede de supermercados Amigão, com unidades pelo Paraná, interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul. 

  • Em 2022, fechou 2022 como o 20º maior grupo supermercadista do país e um faturamento de 4 bilhões de reais
  • O valor foi obtido em suas 70 lojas, 90% delas supermercados tradicionais e 10% atacarejos, na bandeira Stock Atacadista
  • No Paraná, ocupa a segunda posição, atrás da Muffato. Para este ano, a expectativa é de 4,5 bilhões de reais

O empreendimento começou como uma sorveteria criada pelo pai de Nogaroli, Valdir. Em 1982, o negócio foi transformado no Supermercado São Francisco, uma homenagem ao pai e avô de Jefferson, Francisco Nogaroli. 

Francisco iniciou a trajetória de empreendedorismo na família com um pequeno comércio.

Antes da Segunda Guerra Mundial, ele teve um problema de saúde e, debilitado, acabou perdendo tudo.

Valdir carregou a motivação e mais tarde, com os ganhos como funcionário público, começou a empreender. 

O Supermercado São Francisco cresceu e andou sozinho ao longo de mais de duas décadas. Em 2010, a família fundiu a operação com a Cidade Canção, rede criada em 1977, também em Maringá.

Hoje, a família Nogaroli detém 50% do negócio, o mesmo percentual da família Cardoso, criadora da Canção. Filho mais velho dos Nogaroli, Jefferson começou a acompanhar os negócios do pai desde os 13 anos. Mais tarde, assumiu a liderança.

O bom desempenho da rede supermercadista preparou a família para entrar em outros mercados.

Atualmente, os empreendimentos estão em setores como cartão de crédito, vinícola, construtora e loteamentos imobiliários, verticais que adicionam um faturamento anual em torno de 200 milhões de reais. Foi em uma dessas que o grupo adquiriu em 2009 o terreno agora transformado em bairro.

Quais serão os próximos passos no desenvolvimento do bairro

E o empresário, que quando criança tinha entre as principais brincadeiras imaginar-se construindo ruas e cidades, começou a colocar o projeto de pé. 

“Eu achava que não era justo com a cidade fazer qualquer bairro, eu queria fazer alguma coisa que deixasse um legado. E o pessoal me chamava de louco, algo que ouço com certa frequência”, afirma ele, morador de Maringá desde os seis meses de vida. Além dos negócios da família, o profissional também presidiu o Sebrae Paraná e foi o idealizador da cooperativa Sicoob Sul.  

Os primeiros passos do projeto foram direcionados à procura de um escritório que pudesse canalizar o desejo de construir algo diferente, uma abordagem mais próxima da Europa, privilegiando o pedestre, a caminhada, em contraposição à vida motorizada. 

Com o plano desenhado, vem ao longo dos últimos 10 anos alinhando e estruturando os rumos do novo bairro. O projeto deveria ter sido lançado antes, por volta de 2015, mas as crises política e econômica no meio da década passada atrasaram os planos. 

“Nós optamos por esperar e fizemos uma coisa que acho que foi interessante.  Nós avançamos em todos os projetos para fazer a drenagem das galerias pluviais, esgotamento sanitário, das redes elétricas e compramos muitas árvores para fazer o sistema de arborização”, diz. 

O processo serviu também para a empresa correr atrás de organizações que certificam as boas ações na adoção de práticas e construções sustentáveis. Um selo veio da LEED, sistema de certificação da Green Building Council, entidade criada nos Estados Unidos e presente em mais de 160 países.  

O empreendimento conquistou o nível platinum, o mais elevado entre os oferecidos e acumulou 95 pontos, a maior no mundo. Daí, o uso do superlativo de “bairro mais sustentável do mundo”. O projeto ainda recebeu uma pré-certificação “Well”, um selo internacional criado para reconhecer o impacto positivo que as obras podem gerar para os seus moradores.

A estrutura entra  agora em um novo momento. Após a criação de um café , o empresário anuncia nesta sexta, 11, ao lado do governador do estado do Paraná, a comercialização de dois lotes da área para a construção de torres residenciais, com até 50 andares, e a inauguração do prédio que funciona como um centro para recepção de visitantes e clientes. 

  • A previsão é de que entre o fim de 2014 e início de 2025, o espaço comece a receber os seus primeiros moradores.
  • Nos cálculos de Nogaroli, o bairro deve abrigar uma população em torno de 50.000 e 60.000 ao longo dos próximos anos.
  • Em valores atuais, o metro quadrado do terreno está sendo negociado em torno de 8.000 a 10.000 reais. 

Fonte: Exame

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