Avanço na Neuroimagem e Inteligência Artificial Permite Decodificação de Sonhos
Combinando avanços em neuroimagem e inteligência artificial, pesquisadores conseguiram decodificar os impulsos cerebrais de voluntários em um experimento inovador.
O equipamento utilizado é a ressonância magnética funcional (fMRI), capaz de monitorar a atividade do cérebro durante a fase do sono em que os sonhos ocorrem.
Para entender melhor essa tecnologia, é essencial resgatar um conceito fundamental da faculdade: a Fisiologia do Sono.
O ciclo do sono é dividido em quatro estágios: N-REM 1, N-REM 2, N-REM 3 e REM. É nessa última fase, conhecida como Sono REM, que os sonhos se manifestam com mais intensidade, pois o cérebro está extremamente ativo, quase como no estado de vigília.
Essa descoberta foi essencial para que os cientistas pudessem desvendar os processos do subconsciente.
Durante o estudo, os pesquisadores acompanharam a atividade cerebral dos participantes desde as primeiras fases do sono. Quando alcançavam o estágio REM, eram despertados e entrevistados sobre o conteúdo de seus sonhos.
Esse procedimento foi repetido diversas vezes, gerando uma base de dados extensa que associava imagens mentais a padrões específicos de atividade neural.
A partir dessas informações, um algoritmo de inteligência artificial analisou os registros e conseguiu prever o conteúdo dos sonhos dos voluntários com uma precisão impressionante de 70%.