As empresas que não se preocuparem com o ESG – sigla do inglês Environmental, Social and Governance, que se refere a questões ambientais, sociais e de governança – “vão ficar para trás”, segundo Marcella Ungaretti, especialista da XP no tema, em entrevista à CNN Rádio.
Para ela, a “pandemia agiu como catalisador” da agenda ESG “no sentido de colocar holofote sobre as questões e isso só deve se intensificar.”
Marcella Ungaretti destacou que a agenda verde e de sustentabilidade anunciada na última quarta-feira (15) pelo Banco Central é uma “sinalização positiva, dada a importância desse órgão, em promover o ESG, com preocupações com as mudanças climáticas”.
Embora o Brasil ainda caminhe neste campo, a especialista reforça que globalmente 30 trilhões de dólares são destinados por fundos que definiram estratégias sustentáveis e consideram as questões ESG para realizar aportes a diferentes empresas e ativos.
Por esse motivo, ela vê a decisão do BC como importante: “Ele sugere um único normativo, de forma que fique mais claro e evidente quais os riscos e quais são os parâmetros que fazem os créditos serem vetados.”
“A ideia é que ele atue como segunda linha de defesa contra essas concessões de crédito para tomadores que eventualmente não estão em conformidade com a legislação socioambiental. O que traz de benefício é que credores vão tomar decisões mais bem informados e precificar melhor os empréstimos”, completou Marcella.
Fonte: CNN