A nova campanha do Nubank com Antonio Fagundes, criada para divulgar a segunda temporada da série The Last of Us, vai muito além de uma simples ação publicitária. Trata-se de um case de marketing cultural bem executado e, principalmente, de uma lição valiosa sobre como as marcas do futuro constroem conexões reais.
No curta “O Ensaio de Fagundes”, vemos o ator se preparando para um suposto papel na série. A reviravolta acontece quando ele descobre que, na verdade, foi convidado para participar como fã. A proposta é divertida, mas também estratégica. E mostra que, quando bem trabalhada, a conexão cultural pode ser uma das ferramentas mais poderosas para gerar relevância de marca.
O que a campanha do Nubank com Antonio Fagundes nos ensina sobre estratégia de marca?
1. Marcas do futuro se conectam com pessoas reais
A força dessa campanha está em mostrar uma face autêntica de um personagem já conhecido: Antônio Fagundes como fã de The Last of Us. Essa abordagem humaniza, cria empatia e aproxima a marca do cotidiano das pessoas.
Em vez de focar apenas no produto (a assinatura Max oferecida pelo Nubank+), a ação entrega identificação. Mostra que marcas que entendem que seu público é feito de histórias, e não apenas de dados demográficos, têm muito mais chances de construir vínculos duradouros.
2. Storytelling e marketing cultural
Em um cenário onde o público está cada vez mais resistente à publicidade tradicional, contar histórias é uma maneira eficiente de se destacar. A campanha do Nubank usa um formato narrativo leve e criativo, que entretém ao mesmo tempo em que apresenta um benefício.
3. Estratégia de marca não é sobre presença, é sobre relevância
Muitas marcas se esforçam para estar em todos os canais, mas poucas conseguem de fato gerar relevância cultural. E o motivo é simples: presença não garante conexão.
O que diferencia uma marca é sua capacidade de criar sentido, de participar da vida das pessoas com naturalidade. E isso exige inteligência de mercado, mas também escuta ativa, sensibilidade e ousadia para sair do óbvio.
4. A publicidade do futuro é sobre sentimento, não só sobre benefício
Ao transformar um benefício real (a assinatura gratuita da Max) em uma história envolvente, o Nubank mostra como a publicidade pode emocionar, divertir e ainda entregar valor.
Esse tipo de construção não apenas melhora a percepção da marca, como ativa um gatilho emocional que gera lembrança e afeto. E em um mercado tão competitivo, ser lembrado positivamente é um ativo cada vez mais raro — e valioso.
A campanha do Nubank é um case de como usar cultura e autenticidade como ferramentas de negócio. E reforça um ponto central: marcas que desejam ser relevantes no futuro precisam ir além da oferta. Elas precisam pertencer.
Mais do que oferecer um produto ou serviço, é preciso entregar experiências, narrativas e identificação. É assim que se constrói valor no longo prazo.